Varizes
na retina,
Cáries
no sorriso,
Homem
caçando homem.
Terminar
é doce como o ponto final de um verso.
Terminar
é morte tragando analgésico na cara da dor.
O
hoje não pode acabar com o mundo.
Espelho
embaçado,
Jardim
do egoísmo,
Altar
das necessidades desnecessárias.
O
fim não tem como afogar seu próprio fim.
O
fim é inútil diante do fim que chegou no antes.
O
hoje não tem forças para acabar com o mundo.
Passeio
de pantera negra,
Prisão
de desvalidos,
Razão
dos sem razão.
Não
se apresse nos afazeres que o mundo não tem mais como acabar.
Não
se inquiete no canto da sala da matéria que o mundo não vai acabar.
O
mundo...
O
mundo é um cadáver embalsamado
Cheio
de almas acorrentadas à ferrugem das vaidades
Rogando a esmo de velas acesas
O
presente do céu que não soube construir.
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