Tudo está como deve estar:
A canção
O vento
O baton
Hoje moro em dois lugares
Pois, tenho uma namorada.
Pássaro Unitário
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Estrela Vazia
A estrela vazia
esqueceu de brilhar
esqueceu de brilhar
hoje ela nina a noite
lentamente
nina a noite.
A estrela vazia
tombou sem luz
hoje ela seduz
nina a noite.
A estrela vazia
tombou sem luz
hoje ela seduz
lentamente
o escuro da noite.
A estrela vazia
ensinou a infância
ergueu o homem
deitou a velhice
o escuro da noite.
A estrela vazia
ensinou a infância
ergueu o homem
deitou a velhice
depois de tudo
tombou
tombou
lentamente
caiu
no longo espaço da noite
caiu
no longo espaço da noite
sem lume
sem reflexo
mas com todo o explendor das estrelas.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Anjo Negro
O Anjo Negro perdeu as asas
Agora é mortal e sente dor.
Apaixona-se e embriaga-se no perfume dos bares
Segue amigo das mais altas madrugadas
E adormece velando o sono das tempestades.
O Anjo Negro habita as ruas desenhadas de solidão
Esconde os lábios na sombra livre da barba
Ama a mulher que sempre o teve
Passeia sereno no pesadelo de todos os sóis.
O Anjo Negro não mais busca respostas.
Nunca mais lembrou do jardim de flores astrais.
Nunca mais lembrou da imortalidade desnecessária.
Para ele basta a certeira dúvida do fim
De amar como todos os mortais
De cair como todos os mortais.
Basta tragar por segundos o medo aterrorizado da morte em branco
E no final do dia deitá-la pudica e despida nos primeiros raios de sol do verão
Ou mesmo no inicial véu de neblina do inverno.
O Anjo Negro perdeu as asas.
Agora é mortal e sente prazer.
Agora é mortal e sente dor.
Apaixona-se e embriaga-se no perfume dos bares
Segue amigo das mais altas madrugadas
E adormece velando o sono das tempestades.
O Anjo Negro habita as ruas desenhadas de solidão
Esconde os lábios na sombra livre da barba
Ama a mulher que sempre o teve
Passeia sereno no pesadelo de todos os sóis.
O Anjo Negro não mais busca respostas.
Nunca mais lembrou do jardim de flores astrais.
Nunca mais lembrou da imortalidade desnecessária.
Para ele basta a certeira dúvida do fim
De amar como todos os mortais
De cair como todos os mortais.
Basta tragar por segundos o medo aterrorizado da morte em branco
E no final do dia deitá-la pudica e despida nos primeiros raios de sol do verão
Ou mesmo no inicial véu de neblina do inverno.
O Anjo Negro perdeu as asas.
Agora é mortal e sente prazer.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Bancos de Rodoviária
Esses
bancos de rodoviária
Cansados
de tanta partida...
Enfadados
de tanta chegada...
Entorpecidos
de cerveja, cafés,
E
da fumaça intragável de muitos cigarros.
Abraçados
na canção ruída dos motores desajustados,
No
ringir esforçado de freios desgastados,
No
perfume emborrachado de pneus queimados.
Seu
passeio chora no sorriso de quem chega.
Seu
passeio sorrir nas lágrimas de quem vai partir.
Por
vezes, um viajante se refugia ante a noite sem luz.
Por
vezes, somente a escuridão desce para serená-los.
Como
são sós os bancos de rodoviária.
Como
são melancólicos os bancos de rodoviária.
E
continuam lá...
Sem
a menor probabilidade de fuga.
Sem
o menor risco de suicídio ou delito qualquer.
Esses
bancos de rodoviária são amigos.
E
foram os únicos que compartilharam
A
falta de tudo
Quando
tudo partiu.
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