A
cinza que a beleza deixou
Coloriu
os dedos do destino que o vento trouxe.
Tudo
parte ao mesmo tempo em que tudo chega.
Saio
por entre os nevoeiros e planto palavras que o silêncio dita.
Continua
frio lá fora e seu nome perfuma a página em branco.
Vamos
juntos encontrar a paralela que nos separa.
Muitas
flores no caminho e outras tantas nos cabelos.
Muitos
risos pelos rostos e outros tantos nos olhares.
Quando
flertamos o infinito a solidão mostra os dentes.
Temos
muito tempo insistindo em nos tirar o tempo.
Guarde
o batom, o lábio, guarde o beijo.
Quando
a noite voltar desenho na parede nossa alegria,
Que
escorre no giz de cor que a força da chuva faz chorar
Carregando
tudo de agora para um novo lugar.
A
cinza que a beleza levou
Descoloriu
as mãos do arco-íris que o destino deixou.