De passagem sigo os trilhos.
Tenho algumas moedas e os dias que me esperam à frente.
Tentei não guardar crenças,
Tentei esquecer a defesa, o ataque,
A razão que a matemática ignora.
Somos feitos de impressão
E a impressão que fica não permanece agora.
Se a janela aberta para o mar desagua diversas percepções
O que seria do é depois do que será?
O galope do horizonte segue sempre ao longe.
Todos com alvos lustrados e argumentos perfeitos.
Servindo a si mesmo antes de qualquer coisa.
Chamar-me-ia vento se soubesse assoviar tão rápido.
Abriria todas as frestas e seguiria sem mim dentro de mim.
Pássaro Unitário
sexta-feira, 23 de maio de 2014
terça-feira, 6 de maio de 2014
O pó das manhãs de sol
O passado é agora depois que te escrevo.
Os ratos passeiam pelos lençóis brancos.
Não me agradeça pelo sorriso que não é meu.
Tenho todos os motivos e mais um
Para ser a felicidade que teu sol esqueceu de brilhar.
Mas tudo é belo e tudo e nada se completam.
Não te levo flores.
Minhas mãos tremem ao colher de perfumes.
Te levo a correnteza que arrasta sonhos.
Te levo a razão de toda interrogação.
Olhe para mim.
Não tenho céu, moedas, nem paraíso.
Sou igual a sombra que não te abandona.
Ainda é cedo para o fim
e sempre parece tarde para o início.
Como cheira bem o pó das manhãs de sol.
Os ratos passeiam pelos lençóis brancos.
Não me agradeça pelo sorriso que não é meu.
Tenho todos os motivos e mais um
Para ser a felicidade que teu sol esqueceu de brilhar.
Mas tudo é belo e tudo e nada se completam.
Não te levo flores.
Minhas mãos tremem ao colher de perfumes.
Te levo a correnteza que arrasta sonhos.
Te levo a razão de toda interrogação.
Olhe para mim.
Não tenho céu, moedas, nem paraíso.
Sou igual a sombra que não te abandona.
Ainda é cedo para o fim
e sempre parece tarde para o início.
Como cheira bem o pó das manhãs de sol.
Cinzas de sol
Portanto haverá dias melhores.
E dias piores também.
Os planos que foram feitos custaram tempo.
E o tempo sabe rasgar planos como páginas devoradas por traças.
Admiro o jarro de flores equilibrado na janela.
E a chuva que naufraga o asfalto não vem por lírios nem por jasmins.
Seu blusão,
seu jeans,
Suas botas gastas de horizonte.
Cada átomo chora sua alegria diante da imortalidade.
E quando olhamos seguimos cegos ao que é perto.
Se a felicidade veste arco-íris deite bem pertinho dela.
E sempre que ela lamentar as cores empreste um lenço branco.
O velho marinheiro sabe que o mar tem suas noites de ressaca.
E quando o vento sopra com raiva faz a vela encher os pulmões de ar.
Feche a gaveta,
Abra o espelho,
O amor tem fragrância de dançarina.
Igual a Diógenes de Sinope mantenha sua lamparina luzente.
E busque a virtude na porta fechada de si mesmo.
Toda distância se veste de azul.
E de azul pincele as sombras do que é presente.
Guarde a queixa, o pranto, a pena implacável.
E no poema de chinelos gastos abra janelas para o sol entrar.
Depois, nada é fácil,
De olhos abertos não se vê tanto assim.
E o amanhã não se faz só de manhãs.
E dias piores também.
Os planos que foram feitos custaram tempo.
E o tempo sabe rasgar planos como páginas devoradas por traças.
Admiro o jarro de flores equilibrado na janela.
E a chuva que naufraga o asfalto não vem por lírios nem por jasmins.
Seu blusão,
seu jeans,
Suas botas gastas de horizonte.
Cada átomo chora sua alegria diante da imortalidade.
E quando olhamos seguimos cegos ao que é perto.
Se a felicidade veste arco-íris deite bem pertinho dela.
E sempre que ela lamentar as cores empreste um lenço branco.
O velho marinheiro sabe que o mar tem suas noites de ressaca.
E quando o vento sopra com raiva faz a vela encher os pulmões de ar.
Feche a gaveta,
Abra o espelho,
O amor tem fragrância de dançarina.
Igual a Diógenes de Sinope mantenha sua lamparina luzente.
E busque a virtude na porta fechada de si mesmo.
Toda distância se veste de azul.
E de azul pincele as sombras do que é presente.
Guarde a queixa, o pranto, a pena implacável.
E no poema de chinelos gastos abra janelas para o sol entrar.
Depois, nada é fácil,
De olhos abertos não se vê tanto assim.
E o amanhã não se faz só de manhãs.
Para o dia em que a terra tremer
Saque a arma!
(talvez tenha gritado).
E se gritou pediu para morrer.
Morrer?
Mas, o que é morrer?
Abriu o livro na página citada.
Encontrou conselhos, revelações e a linha do futuro.
Tem poetas que dizem que não vale a pena.
Outros que a pena vale a vida que leva.
Se o poeta não tem resposta a pergunta é a única solução.
Mas o filósofo sentou sobre os musgos
E contou que tudo tem o seu dia de nada,
Que o refaz em um tudo bem maior.
A vida segue os passos que a vida dá.
Com notas musicais azuis bem leves e suaves como um suavemente.
E a vida vai trafegando pedindo o que quer, mesmo se não queremos,
E queremos o que não temos para não querer o que temos.
Mas e a morte?
Esse silêncio magnífico!
Essa sombra que aponta a luz!
Esse medo que satisfaz o homem não tocado!
O poeta solitário diria que ela apaga o caos.
Mas seria a vida a causa de toda a dor.
E a dor,
Como fugir da própria fuga carregando o que somos?
Bem, nem sempre o pedido é um desejo
E quando a mão se estende roga forçada pela consequência.
Se a vida não é, ela continua sendo.
Por enquanto a morte é a negação,
Mas a negação que o sim dentro de nós corre ao encontro profundo
O medo é ocidental.
(Diria o pensador isolado no deserto).
E o ocidente se faz de túnicas grandiosas,
De guerras e generais.
De terras, territórios e terremotos em vitrines.
O que nos afeiçoa nos prende.
Presos só podemos falar de liberdade.
Esse cão pulguento que as prisões execram com todo horror.
Mas, a pergunta segue: O que é morrer?
Não sei!
E não saber é mágico.
É jardim para as possibilidades.
É tela da cor do ponto de vista.
Assim podemos decorar de pavor ou de ânimo a curva e o seu perigo.
(talvez tenha gritado).
E se gritou pediu para morrer.
Morrer?
Mas, o que é morrer?
Abriu o livro na página citada.
Encontrou conselhos, revelações e a linha do futuro.
Tem poetas que dizem que não vale a pena.
Outros que a pena vale a vida que leva.
Se o poeta não tem resposta a pergunta é a única solução.
Mas o filósofo sentou sobre os musgos
E contou que tudo tem o seu dia de nada,
Que o refaz em um tudo bem maior.
A vida segue os passos que a vida dá.
Com notas musicais azuis bem leves e suaves como um suavemente.
E a vida vai trafegando pedindo o que quer, mesmo se não queremos,
E queremos o que não temos para não querer o que temos.
Mas e a morte?
Esse silêncio magnífico!
Essa sombra que aponta a luz!
Esse medo que satisfaz o homem não tocado!
O poeta solitário diria que ela apaga o caos.
Mas seria a vida a causa de toda a dor.
E a dor,
Como fugir da própria fuga carregando o que somos?
Bem, nem sempre o pedido é um desejo
E quando a mão se estende roga forçada pela consequência.
Se a vida não é, ela continua sendo.
Por enquanto a morte é a negação,
Mas a negação que o sim dentro de nós corre ao encontro profundo
O medo é ocidental.
(Diria o pensador isolado no deserto).
E o ocidente se faz de túnicas grandiosas,
De guerras e generais.
De terras, territórios e terremotos em vitrines.
O que nos afeiçoa nos prende.
Presos só podemos falar de liberdade.
Esse cão pulguento que as prisões execram com todo horror.
Mas, a pergunta segue: O que é morrer?
Não sei!
E não saber é mágico.
É jardim para as possibilidades.
É tela da cor do ponto de vista.
Assim podemos decorar de pavor ou de ânimo a curva e o seu perigo.
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