Casa comigo num livro de poemas.
Dar-te-ei versos,
Versos inesperados de janela aberta pelo vento.
Versos de desenho neutro aguardando tuas cores.
Dar-te-ei o que não se compra,
O que não se pede,
O que não se encontra.
Dar-te-ei o susto para o teus lábios sorrirem.
Dar-te-ei a luz que apaga tua saudade.
Entregarei minhas canções sem melodias.
Sairei de mim e largarei felicidade na tua companhia.
Dar-te-ei o que você não viu,
O que você não vê,
O que você vai ver.
Dar-te-ei o sentir sereno das mais doces metáforas.
Dar-te-ei o sim que o tempo nega aos teus sonhos.
Oferecerei meus segundos dissolvendo beleza em teus cabelos.
Deixarei meus discos na trilha sonora da tua fotografia.
Dar-te-ei tudo,
Tudo que não se pode tocar.
Tudo que dar para sentir.
Casa comigo num livro de poemas
E o nosso maior mandamento será a poesia.
Pássaro Unitário
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
Nada demais
Saio de
mim por entre tantos eus.
Tenho
duas moedas e o sol sobre os cabelos.
Sozinho
sinto a verdade teimando ser mais solitária.
Canto
canções e imito poesias.
Trago
flores e finjo poeta.
Minha dor
exponho entre tragos de outras bebidas.
Sou mais
derrota do que vitória.
Por isso
tenho esta força que levanta sóis em meio a tempestades.
Ouço sua
voz e o hino é de sereno amanhecendo madrugadas.
Gosto de
ver o seu sorriso dizendo alô a minha sombra.
Gosto de
andar no frio aquecendo sua ausência.
Bato na
sua janela quando a noite já é alta.
Ouço seu
silêncio de dormir acendendo micropontos de estrelas.
Sou esta
distância que não pode te tocar.
Sou este
abismo de sereia cantando para afogados.
Assinar:
Postagens (Atom)