Aquele
menino triste nunca me deu adeus.
A
ausência tem odor de hortelã
E
a noite fria flerta com meu coração parado.
Daqui
tudo parece demorar universos.
O
mundo insiste em me enviar versos descoloridos.
A
fraqueza me vigia do último andar das minhas quedas.
Sei
desenhar erros corretamente,
Sei
ampliar o espaço do nada que me absorve,
E
trilho com minhas contusões abrigadas nos calos das pontas dos dedos.
Sair
de casa é sempre espelho quebrado.
E
o segredo tão próximo abre suas letras
Que
choram no amanhecer que parecia tranquilo.
Colho
estilhaços que supuram a epiderme inflamada do poeta.
Tento
um aceno, mas a gravidade pesa mais.
Tento
um socorro, mas as ambulâncias estão ocupadas.
Tento,
tento, mas o céu não me aceita por muito tempo.