Rendi a guarda da frente do Congresso
com meu estilete enferrujado.
Vim com fósforo na mão incendiar os códigos,
Enclausurar deputados,
Escravizar senadores,
Acorrentar a Presidência da República no tronco de todas as barbaridades.
Vim lacrar todos os gabinetes com o escarro podre
das mais abjetas dores inaudíveis.
Vim assombrar como um diabo vermelho
a paz das famílias dos que se alimentam da guerra.
Vim rasgar com os dentes imundos o couro
dos que se cobrem de veludos e futilidades.
Vim estuprar a justiça classista abrindo seus olhos
com a lâmina fomentada nas lágrimas de todos os injustiçados.
Vim destituir com as próprias unhas cheias de lama
a lei e a ordem que nos engana.
Vim assassinar cruelmente cada filho da riqueza
que não lhes pertence.
Minha marcha é reta e não se curva a dúvida das curvas.
Uso gasolina, querosene, álcool e até a dor atômica
de todo este planeta.
Uso o vírus, a bactéria, o fungo e até os mortos fatiados
pela ausência do Estado.
E mato, esfolo, exibo no mais alto Ministério
o caos que senta a mesa dos sem mesa.
E não adiantar a sirene estridente,
O coturno batendo tambor,
O risco de fogo dos fuzis,
O argumento da ordem que nos mantém em desordem.
O telão do Congresso expõe ao vivo a morte ensanguentada
sob a trilha sonora das “metralhas”.
Gostaria de cortar a garganta dos três poderes.
Pois, o ventre é livre,
Nossas vidas não.
com meu estilete enferrujado.
Vim com fósforo na mão incendiar os códigos,
Enclausurar deputados,
Escravizar senadores,
Acorrentar a Presidência da República no tronco de todas as barbaridades.
Vim lacrar todos os gabinetes com o escarro podre
das mais abjetas dores inaudíveis.
Vim assombrar como um diabo vermelho
a paz das famílias dos que se alimentam da guerra.
Vim rasgar com os dentes imundos o couro
dos que se cobrem de veludos e futilidades.
Vim estuprar a justiça classista abrindo seus olhos
com a lâmina fomentada nas lágrimas de todos os injustiçados.
Vim destituir com as próprias unhas cheias de lama
a lei e a ordem que nos engana.
Vim assassinar cruelmente cada filho da riqueza
que não lhes pertence.
Minha marcha é reta e não se curva a dúvida das curvas.
Uso gasolina, querosene, álcool e até a dor atômica
de todo este planeta.
Uso o vírus, a bactéria, o fungo e até os mortos fatiados
pela ausência do Estado.
E mato, esfolo, exibo no mais alto Ministério
o caos que senta a mesa dos sem mesa.
E não adiantar a sirene estridente,
O coturno batendo tambor,
O risco de fogo dos fuzis,
O argumento da ordem que nos mantém em desordem.
O telão do Congresso expõe ao vivo a morte ensanguentada
sob a trilha sonora das “metralhas”.
Gostaria de cortar a garganta dos três poderes.
Pois, o ventre é livre,
Nossas vidas não.