Pássaro Unitário

Pássaro Unitário

sábado, 2 de dezembro de 2017

Céu em guardanapos


Quantas portas ainda tenho que abrir para te encontrar.
As rugas pesam meus olhos tardios de tua centelha.
Desenho sobre mesas e guardanapos soluções fracassadas.
Meu cansaço é uma dose cavalar que rasga a escuridão,
Planta flores de sol no deserto,
E sorrir como somente os tristes sabem sorrir.

Folheio você em revistas publicadas em papel-jornal.
O espelho não me acha nesses dias de pouca luz.
Desço a calabouços e me entrego ao pó da insônia das ninfas.
Fito o universo buscando estrelas cadentes,
Cometas moribundos,
Um raio de buraco negro que me conduza até você.


Me sinto essa coisa latente sublinhando o céu que não sei encontrar.