Pela
rachadura da parede ouve-se o som do final feliz
É
um zumbido de inseto erguendo as asas quebradas
É
um sino do bom fim batendo o sabre de aço para mim
O
final feliz é sempre um espanto
aguardando
as dores
em
sua cadeira de balanço
equilibrada
na linha quase intocável do horizonte.
Passa
o tempo a enviar cartas autografadas ao desespero
iludindo
a fronte cabisbaixa dos derrotados
que
aprenderam a montar sua felicidade
no
ponto último do seu viver.
A
alegria no fim não parece tão boa assim.
O
fim é a porta derradeira de todos os lamentos e aventuras
O
fim é o silêncio dobrado do nada envolto da mais completa ausência
O
final feliz é sempre cometa
que
não dar tempo de contar seu tempo
carregado
da velocidade de todos os flashes
que
vem a se perceber quando a vista não o alcança mais.
Segue
os séculos flexionando o cão do gatilho terminal
assoreando
de flores cada esquife
que
aporta nu na porta da estação da luz
ofuscando
de claridade a escuridão dos mesmos olhos.
Sim!
Definitivamente
Sim!
Sim!
O
final feliz é infeliz por ser fim.
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