Escuridão esvoaçante
Ébria em todos os ópios do salão
A marcha dos acordes evoca a loucura
Que surge lúcida e estonteante
Abrigando a dor desolada dos fantasmas
O convés se faz imundo de prazer
A loucura canta
Hora em cada olhar
Hora em todo olhar
Se mostra profana em desejos
E veste-se de uma nudez incomparável
A escuridão estampa nas paredes hologramas de estovaína
(Todo embriagado se faz um deus)
Lá fora
Uma pequena ninfa jaz sobre o asfalto
Voando ainda embriagada
(Sem mais dores)
Rumo aos salões flutuantes
Muito além do azul.
(Poema do livro Paramnésia - 1998).
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