Onde
estão teus olhos de paz?
Nessa
bruma que despenca entre lábios roxos
Não
consigo te encontrar.
Volto
entre curvas de primaveras.
Busco
o céu de vento soprando que teu sorriso trazia.
Tens
outono e folhas secas flutuando sem direção.
Onde
estão teus acenos como afago em dias de cão?
No
meio dessa multidão vociferando uns aos outros
Não
encontro tua aquarela nem teus pincéis de sol poente.
Bem-me-quer
você dizia entre sombras de lua cheia.
Sozinha
cantou teu destino.
Fechou
portas,
Abriu
janelas,
Regou
dias de malmequer.
Procuro
você nessa noite drogada.
Onde
bêbados partem de volta para casa.
Onde
meninas derramam no chão minissaias coloridas.
Nessa
pouca luz tento um verso
Que
apague o abaju
E
te faça dormir do outro lado do mundo que estás agora.
Queria
um minuto.
Sessenta
segundos abrindo o véu do tempo.
Para
te dar um alô e ver a meninice em teus olhos de santa paz.
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