A
noite cai profunda nas lentes do meu óculos escuro.
A
escuridão de copo na mão traz seu sobretudo de silêncio.
Ao
olhar para o lado a estrada a frente se perde.
Tudo
é tão transitório que quase não dá para tocar.
Do
outro lado do mundo palpitam lábios e batons,
Estrelas
e constelações,
Vidas
se diluindo
Na
alternância que a maresia entrega entre invernos e verões.
Sentado
no meio do nada consigo entender o nada.
Vejo
a cauda cintilante do cometa que evapora no ar.
O
fogo extinto na voz que nasce e vai falecendo muda noite a dentro.
A
velhice que bebe a beleza num bar frio de beira de estrada.
O
debater em vão de quem busca a vela de cera da eternidade.
O
céu negro abraça olhos azuis.
Se
penso existo em algum lugar perdido em alto-mar.
Não
estou aqui.
Não
sou eu.
Existo
no que penso e pensar é ilusão.
Filme
com roteiro pronto marchando epiléptico para o fim.
A
realidade desse mundo é uma ficção em cores de hd.
Somente
o nada é real.
O
nada e a escuridão profunda.
Essa
que naufraga no meu óculos e me faz perceber o vazio.
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