Pássaro Unitário

Pássaro Unitário

domingo, 20 de novembro de 2016

Sereníssima




Meus olhos de madrugada acendem o abajur da noite.
A pouco olhei para trás e vi a criança brincando.
Lápis de cor,
Bola de borracha,
Gritos de sorrisos e correria pelos corredores.
Estamos perdendo e a percepção é a porta trancada.
O espelho imprime as frestas do meu rosto cálido.
A lágrima degenera suave indo embora sem nada levar.
Trago os ombros curvados, mas continuo atento.
Sou mais o que não sei.
Estou mais onde não encontro.
Percebo o céu maculado e os anjos que caem como tempestades.
Quase toco os olhos de quem dorme e sonha ao lado.
Sou mais triste do que alegre.
Perdi-me de você.
E os telegramas com mapas
Não encontram meu endereço,
Minha caverna,
Minha criança que não reclama abrigo.

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