Meus olhos de madrugada acendem o abajur
da noite.
A pouco olhei para trás e vi a criança brincando.
Lápis de cor,
Bola de borracha,
Gritos de sorrisos e correria pelos
corredores.
Estamos perdendo e a percepção é a
porta trancada.
O espelho imprime as frestas do meu
rosto cálido.
A lágrima degenera suave indo embora
sem nada levar.
Trago os ombros curvados, mas continuo
atento.
Sou mais o que não sei.
Estou mais onde não encontro.
Percebo o céu maculado e os anjos que
caem como tempestades.
Quase toco os olhos de quem dorme e
sonha ao lado.
Sou mais triste do que alegre.
Perdi-me de você.
E os telegramas com mapas
Não encontram meu endereço,
Minha caverna,
Minha criança que não reclama abrigo.
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