Longe, longe, longe.
Quase ao lado do infinito.
Onde os dedos do vento se escondem.
Próximo do adeus,
Do nunca mais,
Do para sempre.
É veleiro ancorado ao mar de
horizontes.
É estrela guardando a última luz da
noite.
E este meu cigarro que não apaga.
E este meu vinho que não mais embriaga.
Somam-se as hora e o tempo é curto.
A lembrança é um trovão esfarelando
meus cometas.
Sigo, sigo, sigo.
Talvez teus olhos negros,
Teus lábios quase sempre sem batom.
Tua canção dedilhando sombras na
janela.
Sou o que fica.
Este viaduto ligando aqui ao acolá.
Frio,
Concreto,
Estático.
Assombrado pelo movimento que não pode
tocar.
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