Pássaro Unitário

Pássaro Unitário

quarta-feira, 4 de março de 2015

Para quando fores tocado pelos covardes



E a vela dos últimos dias incandescia as suas covardias.

Entre um trago e outro do mesmo cigarro,
Entre a noite e o asfalto que separa a coragem dos lábios do dissimulador,
Vinha a réstia do caos que abre seus braços e solta seus lobos infernais.


O medo visita a coragem com humildade.

A regra é a virtude,
E o tempo que pode ser não vale mais do que o tempo que é.


As assombrações que caminham por perto mandam respostas do outro lado.

O tilintar de ossos mastigados desperta a fúria dos mantos mais sagrados.
E a paz não sobrevive admirando os horrores da guerra.


Se levantas o corte da língua afiada e acovardada que trafega nos cubículos inóspitos dos teus pálidos semelhantes,

saiba que na trincheira seguinte tem a bandeira erguida,
a coragem dos homens de bem,
e o aço polido e cortante dos que cortejam a virtude e a honra.


Se o dia não amanhecer 

é bom refletir quem apagou as primeiras luzes.

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