Pela vidraça quebrada escapa a nicotina.
Se o azul manda cartas o correio insiste em desviá-las.
Beleza é a criança contando estrelas sob o escuro do céu.
Se houver um jardim acomodaremos o silêncio lá.
A menina corre de pés descalços deixando a saia estampar o caminho.
Carregamos objetos roubados que nunca serão nossos nem de ninguém.
Serpenteamos argumentos, mas o sábio não diz amém.
Se temos tempo não nos sobrará mais tempo.
A vidraça quebrada deixa a nicotina fugir e o mofo respirar.
Fotografias, poemas e o frio que o fim da tarde planta nos nossos ossos.
As rugas nas pracinhas jogam damas bem devagar.
A cigarra na flor do abacateiro canta sem ninguém notar.
A menina mira seu olho verde no estrago da vidraça.
Seus dedinhos de sete velas delineiam a lâmina do vidro fosco.
O pai observa o inefável e por instantes consegue tocá-lo.
A noite estende seu sobretudo cobrindo o resto de cor do horizonte.
Os lábios miúdos começam a dedilhar a canção:
“...Uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada...”.
Bom mesmo é correr com o sol
E quando tudo parecer declínio do crepúsculo
Viajar saltitando pelo planeta adentro
e ir sorrindo, com dentes fartos, iluminar o Japão.
Se o azul manda cartas o correio insiste em desviá-las.
Beleza é a criança contando estrelas sob o escuro do céu.
Se houver um jardim acomodaremos o silêncio lá.
A menina corre de pés descalços deixando a saia estampar o caminho.
Carregamos objetos roubados que nunca serão nossos nem de ninguém.
Serpenteamos argumentos, mas o sábio não diz amém.
Se temos tempo não nos sobrará mais tempo.
A vidraça quebrada deixa a nicotina fugir e o mofo respirar.
Fotografias, poemas e o frio que o fim da tarde planta nos nossos ossos.
As rugas nas pracinhas jogam damas bem devagar.
A cigarra na flor do abacateiro canta sem ninguém notar.
A menina mira seu olho verde no estrago da vidraça.
Seus dedinhos de sete velas delineiam a lâmina do vidro fosco.
O pai observa o inefável e por instantes consegue tocá-lo.
A noite estende seu sobretudo cobrindo o resto de cor do horizonte.
Os lábios miúdos começam a dedilhar a canção:
“...Uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada...”.
Bom mesmo é correr com o sol
E quando tudo parecer declínio do crepúsculo
Viajar saltitando pelo planeta adentro
e ir sorrindo, com dentes fartos, iluminar o Japão.
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