Distribuo borboletas no jardim da lua que me abandona.
Pertenço ao outro lado da moeda.
Não tenho estrela, mas guardo o risco luminoso num dos bolsos rasgados.
Sou meu fantasma
E assombro os vermes com meu hálito em putrefação.
Cedo as últimas penas das minhas asas de anjo caído.
A queda também é um voo largo.
Habito a sombra que o sol não quis beijar.
Acendo o cigarro nos lábios mais vermelhos da avenida escura.
Meus calos desconhecem o calçado em pose nas vitrines.
A interrogação é sempre mais bela que qualquer resposta.
Por isso vivo de perguntas que tornam meu peito um dilúvio.
A certeza desmorona antes do final do primeiro drink.
Corro atrás do verso que ninguém quis.
Onde não há aplauso encontrarei a verdade.
Ergo minha taça cheia de lagartas entrelaçadas em mil abraços.
Não trouxe flores, cartão postal ou poema inocente de amor.
Canto com os poetas mortos suas canções de viva a vida.
Temo sua razão que caminha soberana com a foice da morte eterna.
Nada é claro e tudo sempre tem seu lado escuro.
Abrigo em meu terno de brim cinza o incômodo deste mundo.
Cada homem alimenta seu medo mais profundo.
Cão rosnando com os dentes do vizinho.
Cadafalso armado e perfumado com o esmalte das suas unhas.
O inexorável é o mais nobre companheiro do homem sem medo.
Meu inefável perdão a luz da lua que me abandona sem saída.
À distância me enviará belos poemas de despedida.
Sou eu mesmo o caos e a solução do fogo que serena sobre mim.
Escolho a dor, o sofrimento, o sorriso e a alegria em tudo que me toca.
Sou meu próprio deus em tudo que dou adeus.
Pertenço ao outro lado da moeda.
Não tenho estrela, mas guardo o risco luminoso num dos bolsos rasgados.
Sou meu fantasma
E assombro os vermes com meu hálito em putrefação.
Cedo as últimas penas das minhas asas de anjo caído.
A queda também é um voo largo.
Habito a sombra que o sol não quis beijar.
Acendo o cigarro nos lábios mais vermelhos da avenida escura.
Meus calos desconhecem o calçado em pose nas vitrines.
A interrogação é sempre mais bela que qualquer resposta.
Por isso vivo de perguntas que tornam meu peito um dilúvio.
A certeza desmorona antes do final do primeiro drink.
Corro atrás do verso que ninguém quis.
Onde não há aplauso encontrarei a verdade.
Ergo minha taça cheia de lagartas entrelaçadas em mil abraços.
Não trouxe flores, cartão postal ou poema inocente de amor.
Canto com os poetas mortos suas canções de viva a vida.
Temo sua razão que caminha soberana com a foice da morte eterna.
Nada é claro e tudo sempre tem seu lado escuro.
Abrigo em meu terno de brim cinza o incômodo deste mundo.
Cada homem alimenta seu medo mais profundo.
Cão rosnando com os dentes do vizinho.
Cadafalso armado e perfumado com o esmalte das suas unhas.
O inexorável é o mais nobre companheiro do homem sem medo.
Meu inefável perdão a luz da lua que me abandona sem saída.
À distância me enviará belos poemas de despedida.
Sou eu mesmo o caos e a solução do fogo que serena sobre mim.
Escolho a dor, o sofrimento, o sorriso e a alegria em tudo que me toca.
Sou meu próprio deus em tudo que dou adeus.
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