A voracidade da sobrevivência.
Cão
sem dono mascando concreto armado.
Vida
desvivida nos sonhos apodrecidos.
O
tempo bebendo a gente em doses homeopáticas.
O
sorriso lagrimejando o que passou.
A
lágrima cantando a esperança do que virá.
O
presente embrulhado no beco sem saída do que tem que ser feito.
Quantos
santos dentro de nós ainda mataremos?
Quantas
vidas nossas serão apedrejadas no muro das vaidades?
Ouço
o som desafinado do violino do anjo caído.
Desminto
a certeza com toda a certeza.
Hora...
Nada
vale a pena se a alma não for pequena.
A
grandeza é o sobretudo dos fracos.
O
único servo que precisamos é o servo de nós mesmos.
Apague
a luz.
Vá
dormir.
Entre
a ilusão e a realidade escarro as duas.
Seus
pregadores não merecem confiança.
E
o gemido do agora ou o vilão com lança que aguarda na outra esquina
Vem
da necessidade desnecessária de uma vida que conduz a morte.
Plante
seu amém na estrela mais distante.
Distante
do que te ensinaram neste planeta vagão.
Planeta
vagão das sombras de cada um de nós.
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