Imagem: Antonius Manso
Quando
olho os rostos das pessoas
no
centro dessas cidades grandes
fico
perdido,
atônito.
Como
se tudo ao redor fosse ferro,
metal,
chumbo,
aço
inoxidável impenetrável.
Apenas
eu me sinto humano.
E
vem uma vontade pulsante de chorar,
voltar
para casa,
morrer,
não
sei dizer.
A
vida nos grandes centros não tem perdão.
A
esmola e o supermagazine se entrelaçam.
Ninguém
se vê.
Ninguém
se sente.
E
o céu esfumaçado pela borra de óleo diesel e gasolina
é
o que sobra de socorro aos aflitos.
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