Pássaro Unitário

Pássaro Unitário

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Fláuta Mágica

Guarde as estrelas no bolso do seu firmamento.
Bato as mãos que soletra a poeira do adeus de cada estação.
Antes é o suicídio do tempo.
Agora tenho o presente e os laços sem nós que alguém largou.
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Estou de saída e a saída não me agrada.
Deixo a porta aberta para o vento ter companhia.
Nessa altura me protejo nas assas soturnas do corvo negro.
As passadas pesam como o concreto armado da negação.
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Não junte cartas, nem lembranças,
Nem mande recados para o outro lado do mundo.
Assino com navalha os pulsos desse nunca mais.
Abro a cela que condena o presente ao passado.
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Estou de saída e a saída implora que fique.

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