Eu irei menina
mas espere a chuva passar.
Irei descalço,
pisoteando a brasa que o frio apagou.
Irei sem amigos,
catalogando no livro sem folhas a solidão que eu sou.
Não me apresse menina.
Tudo segue seu curso bem devagar.
Irei sem rosa na lapela,
para que nenhum perfume ouse me acompanhar.
Irei por dentro da noite,
camuflando os passos nas sombras para ninguém acordar.
Paciência menina.
Logo estarei acalentando de cinzas o batom azul dos teus lábios.
Irei sem contrato, sem sucesso,
sem a ansiedade feroz que nos enfurece o viver.
Irei sem terno, sem razão,
sem o asco que impregna a pele de tudo que se faz humanidade.
Na verdade, menina.
Irei plenamente desumano, bárbaro, ausente desta civilização.
Para que nos serve esse cão abjeto e sanguinário?
Esse devorador de ossos flamejando pela terra em bilhões de diabos dissimulados.
Aguarde mais um pouco menina
Levarei versos, sons e bebidas.
A chuva não tarda a passar.
Quando a chuva partir, partirei para te encontrar.
mas espere a chuva passar.
Irei descalço,
pisoteando a brasa que o frio apagou.
Irei sem amigos,
catalogando no livro sem folhas a solidão que eu sou.
Não me apresse menina.
Tudo segue seu curso bem devagar.
Irei sem rosa na lapela,
para que nenhum perfume ouse me acompanhar.
Irei por dentro da noite,
camuflando os passos nas sombras para ninguém acordar.
Paciência menina.
Logo estarei acalentando de cinzas o batom azul dos teus lábios.
Irei sem contrato, sem sucesso,
sem a ansiedade feroz que nos enfurece o viver.
Irei sem terno, sem razão,
sem o asco que impregna a pele de tudo que se faz humanidade.
Na verdade, menina.
Irei plenamente desumano, bárbaro, ausente desta civilização.
Para que nos serve esse cão abjeto e sanguinário?
Esse devorador de ossos flamejando pela terra em bilhões de diabos dissimulados.
Aguarde mais um pouco menina
Levarei versos, sons e bebidas.
A chuva não tarda a passar.
Quando a chuva partir, partirei para te encontrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário