Minha
mão fria abre a porta do futuro.
Não
enxergo aplauso e o sol nubla minha vista de nuvens.
Sinto-me
só num quarto de cortinas fechadas.
Tem
ópio no jarro de porcelana que adorna o corredor.
Dias
chegam que o vento ameaça derrubar tudo.
O
inesperado pede passagem como um trem em fuga.
Bebemos
esquecimento em taças de cristais decoradas.
Você
não me viu entrar,
Não
me viu ficar,
Não
me viu sair.
Sou
este lado de escuridão sorrindo às poltronas vazias.
Não
lembro onde esqueci a mim.
Em
que mesa de bar?
Em
que esquina vazia?
Em
que lábio de menina?
Em
que abraço de amigo?
Onde
será que eu estou agora.
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