Seus
olhos me lembram uma noite sem estrelas
Fitando
minha solidão enquanto caminho de volta para casa.
Carrego
sujeira nas unhas e amores desfeitos.
Sigo
sonâmbulo na vida que me engana que vivo.
Tenho
razões e razões não valem nada.
Tenho
aplausos e aplausos não valem nada.
Tenho
tudo que nada vale.
Vou
chegando e partindo na imagem que a janela do carro deixa para trás.
Nem
a chuva visita meu para-brisa agora.
Nem
o vento resseca minha retina nesta hora.
Seus
olhos me lembram meus assombros de criança.
A
ausência de medo me larga sozinho em frente ao rugir da locomotiva.
Sigo,
sigo e sigo.
Deixo
para trás.
Esbarro
no que vem a frente.
Sou
esta dor, este embaraço, esta história anônima.
Sou
o reflexo que apaga a luz dos seus olhos sem estrelas
E
te faz dormir quando o sol não tem mais nada a iluminar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário