Pássaro Unitário

sábado, 30 de maio de 2015
Lábios de bomba H
Meu desespero acende um toco de vela no ventre da imensidão.
Do outro lado o sol acaricia a epiderme da vidraça de olhos negros.
Não choveu na noite passada
E o sereno não encontrou tempo de fazer sua queda livre molhada de vento.
As janelas são tantas.
O horizonte admira o chão
E a ausência é o amor eterno a murchar as flores desse canteiro.
Estranho a mim quando o céu manda cartas de despedida.
Todo tropeço me lembra um verso torto da cor de olhos vesgos.
O perdão é pago com a angústia que nos assombra.
As janelas são tantas.
A saída sempre a mesma.
Vai ter face de luz,
Risco de esperança,
Raio de início, de ser diferente, de ser melhor.
Somos tão iguais quanto à devastação atômica que nos põe no fim.
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