Olho
para mim agora.
Tanta
coisa já passou.
E
tudo se rasga como seda em dedos de criança.
Busco
o suave que o silêncio me nega.
A
umidade da retina sopra a vela do meu alto mar.
Passeio
de mãos dadas indeciso no que foi,
No
que é,
No
que será.
Acendo
vagarosamente
Uma
a uma as luzes de cada cômodo.
E
toda a luz não explica a minha sombra no canto.
O
relógio vai parar.
Teu
aceno é um adeus delicado igual final de romance eterno.
Um
vagão descontrolado invade minha garganta sem voz.
Não
guardei muito
E
do pouco que me resta embrulhei em versos retorcidos.
Meu
tropeço é minha pausa de realidade.
Prolifero
minha solidão tocando lábios e labirintos.
E
para onde vou não me chegam mensagens nem mapas.
Minha
calça desgastada,
O
violão, a caneta e a caderneta,
Versos
de Bandeira,
Barba,
E
liberdade.
Agora
a tarde é pequena.
Não
cabe mais que um dia sem sol e sem vento.
A
tarde tem olhos azuis cheio da tristeza dos crepúsculos.
A
tarde é minha.
E a dor da minha tarde veio do abraço que entorpeceu minha solidão.
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