Pássaro Unitário

Pássaro Unitário

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Soturno

Ostento minha escuridão
A fragilidade de uma vela acessa em meio ao temporal
O urro de uma sombra esquecida de toda a luz

Sou mais escuro
A saudade apodrecendo a embalagem do presente
O triste tateando a maldição do ser feliz

Meu terno é negro
A beleza deformada dos dias em sorrisos
O amor encapuzado no olhar do carrasco

Meu drink taciturno é um noturno

Mangas cumpridas de saída
Barba a se acomodar
Pouco dentro da mochila
Força de volta ao luar

Sopro no último lume
Olhar encardido em seu lugar
Adeus vagalume
Solidão de pernas abertas a esperar

Ostento em Mi Maior
A noite escura que me lembrei de buscar.

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